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Especialista em Gêneros Textuais pela UNIPLI. Professora de Língua Portuguesa e Literaturas em pré-vestibulares desde 2009. Cursando Pedagogia.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

COLOCAÇÃO PRONOMINAL

PRÓCLISE

• Conjunções subordinativas = que, o qual, se, pois, etc (ex: irei se me chamarem)

• Pronomes relativos = quem, cujo, de quem, em que, qual, quando, etc (ex: há pessoas que nos querem bem)

• Pronomes interrogativos (exs: quando, quantos)

• Orações optativas (ex: Deus o guarde)

• Orações exclamativas (ex: Os céus te favoreçam!)

• Advérbios preverbiais (exs: também, quase, por que, como, onde, conforme)

• Negação (exs: nada, nunca, não, sem, ninguém)

• Particípio (ex: ele nos falaria)

• Pronomes indefinidos (ex: tudo, alguém, ninguém, poucos, muitos, a maioria, a minoria)

• “Em” + verbo no gerúndio = (ex: em se tratando de conversar, você é mestre)

• Advérbios (agora, já, ali, aqui, amanhã, pouco, muito, sempre, mais, menos)

*Exceção: aqui se arruma / aqui, arruma-se



MESÓCLISE

• Futuro do presente, futuro do pretérito (exs: entregarei, estudaria. convencê-lo-ia a aceitar. dar-te-ei um abraço)



ÊNCLISE

• Início de oração (ex: Levantei-me cedo)

• Imperativas afirmativas (ex: João, sente-se)

• Gerúndio (ex: recusou, fazendo-se de desentendido)

• Infinitivo precedido de “a” (ex: corriam a ouvi-lo)

• Orações coordenadas sindética (ex: eles chegaram e fizeram-se alheios. Estudam ou divertem-se)



LOCUÇÕES

• Verbo principal no infinitivo ou gerúndio

Com palavra atrativa = “nas extremidades” (exs: não lhe devo dizer o contrário / não devo dizer-lhe o contrário)

Sem palavra atrativa = após o principal ou após o auxiliar (ex: eu devo dizer-lhe o contrário / eu devo-lhe dizer o contrário)



• Verbo principal no particípio

Com palavra atrativa = antes do auxiliar (ex: não me tinham avisado)

Sem palavra atrativa = após auxiliar (eles tinha-me avisado)



• Verbo principal no futuro do presente ou futuro do pretérito = mesóclise (ex: ter-e-ia discutido o problema)



Exercícios Sobre Colocação Pronominal


Para as perguntas de 1 a 28 você deverá assinalar com “C “ o que estiver correto e com “I” os incorretos:

1. ( ) O presente é a bigorna onde se forja o futuro (próclise)

2. ( ) Nossa vocação molda-se às necessidades (ênclise)

3. ( ) Se não fosse a chuva, acompanhar-te-ia (mesóclise)

4. ( ) Macacos me mordam!

5. ( ) Caro amigo, muito lhe agradeço o favor...

6. ( ) Ninguém socorreu-nos naqueles momentos difíceis

7. ( ) As informações que se obtiveram, chocavam-se entre si

8. ( ) Quem te falou a respeito do caso?

9. ( ) Não foi trabalhar porque machucara- se na véspera

10. ( ) Não só me trouxe o livro, mas também me deu presente

11. ( ) Ele chegou e perguntou-me pelo filho

12. ( ) Em se tratando de esporte, prefere futebol

13. ( ) Vamos, amigos, cheguem-se aos bons

14. ( ) O torneio iniciar-se-á no próximo Domingo

15. ( ) Amanhã dizer-te-ei todas as novidades

16. ( ) Os alunos nos surpreendem com suas tiradas espirituosas

17. ( ) Os amigos chegaram e me esperam lá fora

18. ( ) O torneio iniciará-se no próximo Domingo

19. ( ) oferecida-lhes as explicações, saíram felizes

20. ( ) Convido-te a fazeres-lhes, essa gentileza

21. ( ) Para não falar- lhe, resolveu sair cedo

22. ( ) É possível que o leitor nos não creia

23. ( ) A turma quer-lhe, fazer uma surpresa

24. ( ) A turma havia convidado-o para sair

25. ( ) Ninguém podia ajudar-nos naquela hora

26. ( ) Algumas haviam-nos contado a verdade

27. ( ) Todos se estão entendendo bem

28. ( ) As meninas não tinham nos convidado para sair

ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS

São orações que exercem a mesma função que um substantivo, na estrutura sintática da frase.

Exemplo 1:

- A menina quis um sorvete. (período simples)
A menina = sujeito;
Quis = verbo transitivo direto;
Um sorvete = objeto direto;

Temos duas posições na frase anterior em que podemos usar um substantivo: o sujeito (menina) e o objeto direto (sorvete). Nessas mesmas posições podem aparecer, em um período composto, orações subordinadas substantivas.

Dependendo de onde elas apareçam e da função que elas exerçam, poderemos classificar como Subjetiva (função de sujeito) ou como Objetiva direta (função de objeto direto).

Sendo assim, notamos que:

- A menina quis que eu comprasse sorvete. (período composto)
A menina = sujeito;
Quis = verbo transitivo direto;
Que eu comprasse sorvete = Oração subordinada substantiva Objetiva direta

E ainda em:

- Quem me acompanhava quis um sorvete. (período composto)
Quem me acompanhava = oração subordinada subjetiva;
Quis = verbo transitivo direto;
Um sorvete = Objeto direto;

Além das posições de sujeito e objeto direto, as orações subordinadas substantivas podem exercer a função de um predicativo, de um objeto indireto, de um aposto e de um complemento nominal.

Portanto podemos ter oração subordinada substantiva de 6 tipos:

1. Subjetiva: ocupa a função de sujeito.

Exemplos:

- É preciso que o grupo melhore.
Verbo de Ligação + predicat. + O. S. S. Subjetiva

- É necessário que você compareça à reunião.
VL + predicat. O. S. S. Subjetiva

- Consta que esses homens foram presos anteriormente.
VI + O. S. S. Subjetiva

- Foi confirmado que o exame deu positivo.
Voz passiva O. S. S. Subjetiva

2. Predicativa: ocupa a função do predicativo do sujeito.

Exemplos:

- A dúvida é se você virá.
Suj. + VL + O. S. S. Predicativa

- A verdade é que você não virá.
Suj. + VL + O. S. S. Predicativa

3. Objetiva Direta: ocupa a função do objeto direto. Completa o sentido de um Verbo Transitivo Direto.

Exemplos:

- Nós queremos que você fique.
Suj. + VTD + O. S. S. Obj. Direta

- Os alunos pediram que a prova fosse adiada.
Sujeito + VTD + O. S. S. Objetiva Direta

4. Objetiva Indireta: ocupa a função do objeto indireto.

Exemplos:

- As crianças gostam (de) que esteja tudo tranqüilo.
Sujeito + VTI + O. S. S. Objetiva Indireta

- A mulher precisa de que alguém a ajude.
Sujeito + VTI + O. S. S. Obj. Indireta

5. Completiva Nominal: ocupa a função de um complemento nominal.

Exemplos:

- Tenho vontade de que aconteça algo inesperado.
Suj. + VTD + Obj. Dir. + O. S. S. Completiva Nominal

- Toda criança tem necessidade de que alguém a ame.
Sujeito + VTD + Obj. Dir. + O. S. S. Comp. Nom.

6. Apositiva: ocupa a função de um aposto.

Exemplos:

- Toda a família tem o mesmo objetivo: que eu passe no vestibular.
Sujeito + VTD + Objeto Direto + O. S. S. Apositiva

VOZES VERBAIS

Muitos animais foram domesticados pelo homem.



Os verbos podem exprimir ação, estado ou fenômeno da natureza.
Quando ele indica ação, é possível analisar o comportamento do sujeito.

Muitos animais fogem do contato com o homem.

Muitos animais
Além de ser o sujeito, muitos animais é também quem pratica a ação de fugir.
sujeito
Quando o sujeito pratica a ação verbal, dizemos que:
Ele é sujeito agente;
O verbo está na voz ativa.

Veja agora esta outra oração.
Muitos animais foram domesticados pelo homem.

Muitos animais
O termo muitos animais é o sujeito, mas, nesse caso, não pratica a ação verbal, e sim recebe essa ação.
Sujeito
Quando o sujeito recebe a ação verbal, dizemos que:
Ele é um sujeito paciente;
O verbo está a voz passiva.
No exemplo a seguir, temos um terceiro tipo de voz verbal.
A jovem se penteava diante do espelho.

A jovem
Quem pratica a ação de se pentear é o sujeito e quem recebe essa ação, ou seja, quem fica penteada é a
Ela mesma.Ela faz e recebe a ação.
sujeito
Quando sujeito pratica e também recebe a ação ver
bal , dizemos que :
Ele é um sujeito agente e paciente;
O verbo está na voz reflexiva.


Existem, portanto, três vozes verbais:
Ativa – O sujeito é agente. Os alunos chegaram cedo.
Passiva – o sujeito é paciente. A ponte foi destruída pela enchente.
Reflexiva- o sujeito é agente e paciente.Eu me vesti para festa.

Exercícios
1- Em que voz estão os verbos nas frases a seguir:

a- No Natal, as crianças invadem as lojas dos shoppings.
______________________________
b- A pequena praça era enfeitada por luzes coloridas.
______________________________
c- Diariamente chegava à cidade o velho trem de cargas.
_______________________________
d- Eu me machuquei com um martelo.

e- São divulgados , através da TV , os resultados da loteria.
________________________________
f- As lagartas destruíram o pomar.
________________________________
g- A praia era iluminada por um lindo sol de setembro.
_________________________________
h- O ser humano criou muitos rituais religiosos.
_________________________________
i- Os alunos se abraçaram.
_________________________________
j- O lobo machucou a ovelha.
_________________________________


Agente da passiva

É o elemento que pratica a ação verbal quando o verbo está na voz passiva.
O juiz foi vaiado pela torcida.

Agente da passiva

É o termo da oração , na voz passiva , que indica o elemento que pratica a ação expressa pelo verbo.Vem sempre precedido de preposição por, per, de.
As ruas foram lavadas pela chuva.
Os exercícios foram feitos por Carlos .
O que caracteriza a voz passiva é o sujeito paciente, isto é, o sujeito que recebe a ação expressa pelo verbo.

Passe as orações abaixo para a voz passiva e identifique o agente da passiva:
a- O exército cercou a cidade.
____________________________________
b- O goleiro desviou a bola.
____________________________________
c- O menino quebrou a vidraça.
____________________________________
d- Os alunos entregaram o prêmio.
____________________________________


GABARITO
1-
a) ativa
b) passiva
c) ativa
d) reflexiva
e) passiva
f) ativa
g) passiva
h) ativa
i) reflexiva
j) ativa

AGENTE DA PASSIVA
a) A cidade foi cercada pelo exército.
b) A bola foi desviada pelo goleiro.
c) A vidraça foi quebrada pelo menino.
d) O prêmio foi entregue pelos alunos.

FIGURAS - EXERCÍCIOS

Nos exercícios de número 1 a 22, faça a associação de acordo com o seguinte código:
a) elipse g) anacoluto
b) zeugma h) silepse de gênero
c) pleonasmo i) silepse de número
d) polissíndeto j) silepse de pessoa
e) assíndeto l) anáfora
f) hipérbato m) anástrofe
1. ( ) “Dizem que os cariocas somos pouco dados aos jardins públicos.”(Machado de Assis)
2. ( ) “Aquela mina de ouro, ele não ia deixar que outras espertas botassem as mãos.” (José Lins do Rego)
3) ( ) “Este prefácio, apesar de interessante, inútil.” (Mário Andrade)
4. ( ) “Era véspera de Natal, as horas passavam, ele devia de querer estar ao lado de lá-Dijina, em sua casa deles dois, da outra banda, na Lapa-Laje.” (Guimarães Rosa)
5. ( ) “Em volta: leões deitados, pombas voando, ramalhetes de flores com laços de fitas, o Zé-Povinho de chapéu erguido.”
(Aníbal Machado)
6. ( ) “Sob os tetos abatidos e entre os esteios fumegantes, deslizavam melhor, a salvo, ou tinham mais invioláveis esconderijos, os sertanejos emboscados. “ (Euclides da Cunha)
7. ( ) V. Exa. está cansado?
8. ( ) “Caça, ninguém não pegava... (Mário de Andrade)
9. ( ) “Mas, me escute, a gente vamos chegar lá.”(Guimarães Rosa)
10. ( ) “Grande parte, porém, dos membros daquela assembléia estavam longe destas idéias.”(Alexandre Herculano)
11. ( ) “E brinquei, e dancei e fui
Vestido de rei....”(Chico Buarque)
12. ( ) “Wilfredo foge. O horror vai com ele, inclemente. Foge, corre, e vacila, e tropeça e resvala, E levanta-se, e foge alucinadamente....”(Olavo Bilac)
13. ( ) “Agachou-se, atiçou o fogo, apanhou uma brasa com a colher, acendeu o cachimbo, pôs-se a chupar o canudo do taquari cheio de sarro.” (Graciliano Ramos)
14. ( ) “Tão bom se ela estivesse viva me ver assim.”
(Antônio Olavo Pereira)
15. ( ) “Coisa curiosa é gente velha. Como comem!” (Aníbal Machado)
16. ( ) “Sonhei que estava sonhando um sonho sonhado.”(Martinho da Vila)
17. ( ) “Rubião fez um gesto. Palha outro; mas quão diferentes.”( Machado de Assis)
18. ( ) “Estava certo de que nunca jamais ninguém saberia do meu crime.” (Aurélio Buarque de Holanda)
19. ( ) “Fulgem as velhas almas namoradas....
- Almas tristes, severas, resignadas,
De guerreiros, de santos, de poetas. “
(Camilo Pessanha)
20. ( ) “Muita gente anda no mundo sem saber pra quê: vivem porque vêem os outros viverem.”
(J. Simões Lopes Neto)
Respostas - figuras de linguagem – exercícios
1. j
2. g
3. a
4. c
5. e
6. f
7. h
8. g
9. j
10. i
11. d
12. d
13. e
14. a
15. i
16. c
17. b
18. c
19. b
20. I

CONCORDÂNCIA NOMINAL

1) Regra geral
O substantivo concorda com as palavras que a ele se referem no texto.
Ex.: O aluno. Os alunos. A aluna. As alunas.
Meu livro. Meus livros. Minha pasta. Minhas pastas.
Garoto alto. Garotos altos. Garota alta. Garotas altas.
Primeiro filho. Primeiros filhos. Primeira filha. Primeiras filhas.

CASOS PARTICULARES
1) Um adjetivo para mais de um substantivo.
Ex.: Homem e menino altos. Homem e menino alto.
Mulher e menina altas. Mulher e menina alta.
Homem e mulher altos. Homem e mulher alta.
Observações
a) Quando o adjetivo concorda com todos os substantivos, há uma concordância
gramatical ou lógica; quando concorda só com o mais próximo, concordância atrativa.
b) Quando os substantivos são de gêneros diferentes, prevalece o masculino. Por isso, no
último exemplo, diz-se altos. Da mesma forma, também se admite a concordância
atrativa.
c) Vindo antes do adjetivo, é mais freqüente a concordância atrativa, a menos que se
trate de nome próprio ou de parentesco.
Ex.: Má hora e lugar. Mau lugar e hora.
Os inteligentes Pedro e Osvaldo.
As alegres avó e neta.
d) Se houver artigo entre o adjetivo e o substantivo, ambas as concordâncias podem ser
feitas.
Ex.: Chegaram animados a moça e o rapaz.
Chegou animada a moça e o rapaz.

2) Alerta e menos são invariáveis.
Ex.: Eles estavam alerta. (e não alertas)
Tinha menos convicção. (e não menas)
Obs.: Se uma palavra for substantivada, irá normalmente ao plural.
Ex.: o alerta - os alertas
o não - os nãos.

3) Bastante pode ser variável ou invariável.
Ex.: Recebeu bastantes prêmios. (bastantes: pronome adjetivo indefinido)
Recebeu prêmios bastantes. (bastantes: adjetivo)
Estavam bastante cansados. (bastante: advérbio, pois modifica um adjetivo)
Obs.: As pessoas erram muito o emprego de bastante. Você, que se prepara para um
concurso público, não pode manter aquela idéia de que muito e bastante são advérbios.
Tudo depende da frase.

4) Anexo, obrigado, quite e leso são variáveis.
Ex.: Certidão anexa. Requerimento anexo. Mandei anexa uma cópia.
-Obrigada, disse a mulher. - Obrigado, disse o homem.
Ele está quite. Eles estão quites.
Crime de lesa-pátria. Crime de leso-patriotismo.
Obs.: Em anexo é invariável.
Ex.: Mandei em anexo dois recibos.

5) Possível é adjetivo, portanto variável.
Ex.: Mudança possível. Mudanças possíveis.
Obs.: Às vezes, é empregado como reforço em frases especiais, em que concorda com o
artigo.
Ex.: Histórias o mais tristes possível.
Histórias as mais tristes possíveis.
Histórias quanto possível tristes.
Como se vê, se houver o advérbio quanto, possível fica invariável.

6) Mesmo e próprio concordam com a palavra a que se referem na frase.
Ex.: Ela mesma fez a limpeza. Ela própria fez a limpeza.
Ele mesmo fez a limpeza. Ele próprio fez a limpeza.
Obs.: Mesmo e próprio em frases desse tipo são pronomes demonstrativos usados para
reforçar um termo na frase. Mesmo pode ser advérbio (realmente), ficando então
invariável.
Ex.: Ela fez mesmo a limpeza.

7) Um e outro, um ou outro, nem um nem outro: substantivo no singular e adjetivo no
plural.
Ex.: Um e outro animal ferozes fugiu.
Obs.: Com certeza você achou a frase estranha, não é mesmo? Principalmente porque o
verbo está no singular. Verifique o emprego dessa expressão na concordância verbal.

8) Tal qual é variável. Tal concorda com o primeiro termo; qual, com o segundo.
Ex.: Ele era tal qual o colega.
Eles eram tais qual o colega.
Ele era tal quais os colegas.
Eles eram tais quais os colegas.
Esquisito, não é mesmo? Não se desespere, meu amigo. Há muita coisa estranha em
português; estranha, mas correta. Com o tempo, você se acostuma.

9) Só = sozinho . variável
Só = somente . invariável
Ex.: Os parentes ficaram sós.
Só eles reclamaram.
Obs.: A sós é invariável.
Ex.: Ele está a sós.
Eles estão a sós.

10) Substantivo sem artigo, em frases com o verbo ser: adjetivo no masculino; com
artigo, concordância normal.
Ex.: É proibido conversa entre os assistentes.
É proibida a conversa entre os assistentes.
Obs.: Ficam erradas frases do tipo: "É proibido a conversa" e "É proibida conversa".

11) Haja vista.
Ex.: Haja vista os resultados. (invariável)
Obs.: Admitem-se também duas outras construções.
Ex.: Haja vista aos resultados.
Hajam vista os resultados

12) Nenhum é pronome adjetivo; portanto, concorda com o substantivo.
Ex.: Nenhum livro. Nenhuns livros. Nenhuma caneta. Nenhumas canetas.

13) Palavra meio: variável ou invariável.
Ex.: Ele trouxe meia melancia. (numeral, acompanha substantivo)
Ela estava meio chateada. (advérbio, liga-se ao adjetivo).
Cuidado! Para alguns gramáticos importantes, o advérbio meio pode flexionar-se. É uma
situação polêmica. Não se precipite. Se a banca do concurso colocar a frase "Ela estava
meia chateada", verifique as outras opções; ela pode ter considerado correta a frase. Ou
seja: faça por eliminação.

14) Palavra todo: variável ou invariável.
Ex.: Ela chegou todo machucada.
Ela chegou toda machucada.
Observações
a) A palavra todo, nas duas frases, é advérbio de intensidade, pois modifica adjetivo,
equivalendo a totalmente. Na segunda, há uma flexão por influência do adjetivo
machucada. É, pois, um advérbio que pode flexionar-se.
b) Em todo-poderoso, todo é invariável.
Ex.: O todo-poderoso. Os todo-poderosos
A todo-poderosa. As todo-poderosas.

15) Plural das cores
Ex.: blusas brancas. (brancas é adjetivo)
blusas laranja. (laranja é substantivo: invariável ao indicar cor)
blusas verde-amarelas. (dois adjetivos: só o segundo se flexiona)
blusas verde-abacate. (adjetivo mais substantivo: composto invariável)
blusas cinza-claro. (substantivo mais adjetivo: composto invariável)
Observações
a) Na palavra composta, o primeiro nome que indica cor não vai ao plural.
b) Azul-marinho e azul-celeste são, no português atual, invariáveis.
Ex.: Blusas azul-marinho. Blusas azul-celeste.
c) Se o composto for usado como substantivo, os dois elementos se flexionarão.
Ex.: O azul-claro. Os azuis-claros.




EXERCÍCIOS
1) Assinale a alternativa em que ocorreu erro de concordância nominal.
a) livro e revista velhos
b) aliança e anel bonito
c) rio e floresta antiga
d) homem, mulher e criança distraídas

2) Assinale a frase que contraria a norma culta quanto à concordância nominal.
a) Falou bastantes verdades.
b) Já estou quites com o colégio.
c) Nós continuávamos alerta.
d) Haverá menos dificuldades na prova.

3) Há erro de concordância nominal na frase:
a) Nenhuns motivos me fariam ir.
b) Estavam bastante fracos.
c) - Muito obrigada, disse a mulher.
d) Foi um crime de lesa-cristianismo.

4) Está correta quanto à concordância nominal a frase:
a) Levou camisa, calça e bermuda velhos.
b) As crianças mesmo consertariam tudo.
c) Trabalhava esperançoso a moça e o rapaz.
d) Preocupadas, a mãe, a filha e o filho resolveram sair.

5) Cometeu-se erro no emprego de ANEXO em:
a) Anexas seguirão as fotocópias.
b) Em anexo estou mandando dois documentos.
c) Estão anexos a certidão e o requerimento.
d) Anexo seguiu uma foto.

6) Há erro de concordância nominal na seguinte frase:
a) Vós próprios podereis conferir.
b) Desenvolvia atividades o mais interessantes possíveis.
c) Anexa ao requerimento,está a documentação solicitada.
d) Ele já estava quite e tinha bastantes possibilidades de vitória.

7) Assinale o erro de concordância nominal.
a) Maçã é ótimo para isso.
b) É necessário atenção.
c) Não será permitida interferência de ninguém.
d) Música é sempre bom.

8) Assinale a frase imperfeita quanto à concordância nominal.
a) O artista andava por longes terras.
b) Realizava uma tarefa monstro.
c) Os garotos eram tal qual o avô.
d) Aquela é a todo-poderosa.

9) Em qual alternativa apenas a segunda palavra dos parênteses pode ser usada
na lacuna?
a) Estudei música e literatura............................ ( francesa / francesas )
b) Histórias quanto.............................. tristes. ( possível / possíveis )
c) Nem um nem outro......................... fugiu. ( animal / animais )
d) Só respondia com .......................palavras. ( meio / meias )

10) Marque o erro de concordância.
a) Os alunos ficaram sós na sala.
b) Já era meio-dia e meio.
c) Os alunos ficaram só na sala.
d) Márcia está meio vermelha.

11) Assinale a opção em que o nome da cor apresenta erro de concordância.
a) Tem duas blusas verde-musgos.
b) Usava sapatos creme.
c) Comprou faixas verde-azuladas.
d) Trouxe gravatas azul-celeste.

12) Aponte o erro de concordância.
a) Vi homem e mulher animados.
b) Era uma pseuda-esfera.
c) Encontramos rio e lagoa suja.
d) Regina ficou a sós.

13) Marque a frase com palavra mal flexionada.
a) Comprou camisas vermelho-sangue.
b) Assuntos nenhum lhe agravavam.
c) Não há quaisquer perspectivas.
d) Elas não se abrem por si sós.

14) (PROF.-MT) A frase em que a concordância nominal contraria a norma
culta é:
a) O poeta considera ingrata a terra e o filho.
b) O poeta considera ingrato o filho e a terra.
c) O poeta considera ingratos a terra e o filho.
d) O poeta fala de um filho e uma terra ingratas.
e) O poeta fala de uma terra e um filho ingratos.

15) (T.A.CÍVEL-RJ) "tornou-se absolutamente claro para mim que eu queria
mesmo era escrever em português."
Das frases abaixo, a que contraria a norma culta quanto à concordância
nominal é:
a) Tornou-se clara para o leitor minha posição sobre o assunto.
b) Deixei claros para o leitor meus pontos de vista sobre o assunto.
c) Ficou clara para o leitor minha posição e meus argumentos sobre o
assunto.
d) Ficaram claras para o leitor minha posição e argumentação sobre o
assunto.
e) Quero tornar claros para o leitor serem estes meus argumentos sobre o
assunto.

16) (TFC) Assinale a opção em que não há erro.
a) Seguem anexo os formulários pedidos.
b) Não vou comprar esta camisa. Ela está muito caro.
c) Estas questões são bastantes difíceis.
d) Eu lhes peço que as deixem sós.
e) Estando pronto os preparativos para o início da corrida, foi dada a
largada.



GABARITO

1- d distraída/ distraídos
2- B quite
3- D Leso deve concordar com o substantivo a que aparece ligado no nome composto.
4- A- Não há erro.
5- D Anexo deixou de concordar com foto.
6- B A palavra possível concorda com o artigo AS.
7- C Não será permitido.
8- C Os garotos eram tais qual o avô.
9- D - meias palavras
10- B Meio dia e meia
11- A Verde - musgo
12- Pseudo -esfera
13- B Nenhuns
14 - D
15 - E Quero tornar claro...
16- D
Na letra a, o adjetivo anexo deve concordar com formulários: anexos. Na b, o
adjetivo caro deve concordar com camisa: ela está muito cara. Na c, a palavra bastante
é um advérbio de intensidade, pois se liga ao adjetivo; não pode ir ao plural. O gabarito
é a letra d, porque sós é adjetivo, equivalendo a sozinhas. Na letra e, o adjetivo pronto
tem de concordar com o substantivo preparativos. Corrija-se: "Estando prontos os
preparativos..."

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

CRÔNICA

DE QUEM É A CULPA?

Hoje aconteceu um fato que me trouxe a seguinte pergunta: de quem é a culpa? Foi apenas um papel de bala jogado no chão. Depois da indagação, veio a resposta: Ah! É apenas um papelzinho... Pensemos: um papelzinho de bala tão pequeno, tão insignificante fará algum mal? A mim? Ao chão? À cidade? Claro que não! Mas multipliquemos esse papelzinho por milhares dele... Meus Deus! Será que agora há um problema?
Bom, falar sobre jogar lixo na rua já virou discurso banalizado. Todo mundo sabe que é errado, que é uma questão de educação, que tal ato contribui para as grandes ruas alagadas, em épocas de chuvas fortes, mas continuam todos jogando. E nem param para pensar que o problema não é só o lixo e sim o ato de jogar.
Para piorar, muitas pessoas já possuem a justificativa pronta na hora que é interpelada: “Ah! Eu não vou mudar o mundo!”; “Todo mundo joga”; “não há lixeira perto”; em outras palavras: “A culpa não é minha”... A culpa é sempre do outro, do alvo, da fuga. Claro culpar o outro é muito mais fácil, afinal temos sempre uma justificativa para tudo.
Semana passada eu ouvi a seguinte frase: “Culpa de Eva que ofereceu o fruto a Adão”. Refleti sobre a frase. Culpa de Eva... Culpa de Eva... Mas e eu nessa história? Por que aceitei o fruto? Uma mãe grita, bate, tortura um filho. A defesa, segundo alguns psicólogos, é: ela não recebeu amor, não sabe amar, a culpa não é dela, foi abandonada pelos pais ou têm problemas psíquicos. Um adolescente aceita a droga oferecida pelo “amigo”. Ao se deparar no fundo do poço, diz: Se meus pais me dessem atenção, eu não teria entrado nessa; os pais dizem: Se aquele “amigo” não tivesse oferecido, meu filho não teria sequer experimentado. E mais uma vez a culpa é de Eva que ofereceu o fruto... Agora pergunto: Por que Adão aceitou? Por que ele comeu? Por que aquela mulher não tentou fazer diferente? Por que o adolescente não disse: NÃO!?
Vivemos uma era cadenciada, em que todos cometem os mesmos erros e culpam sempre uns aos outros. Passar a bola adiante é melhor do que segurá-la e carregá-la até que possamos aprender alguma coisa. Enfim, a culpa é do pai ausente, da mãe estressada, do chefe aproveitador, do salário miserável, do governo corrupto... do outro, de Eva, de Deus! Afinal, de quem é a culpa??!! A resposta? De quem jogou o papel no chão!